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Thursday, January 18, 2024

Bebida energética e restos mortais: o que está a bordo de missão lunar fracassada que volta à Terra nesta quinta - GQ Brasil

O módulo Peregrine, fabricado pela companhia privada Astrobotic e cujo voo foi realizado em parceria com a agência espacial estadunidense (Nasa), deve voltar à Terra nesta quinta-feira (18), de acordo com nota publicada pela empresa. O veículo será queimado na reentrada, e escombros devem cair em uma região remota na porção sul do Oceano Pacífico.

"Os procedimentos executados pelo time buscam minimizar o risco de detritos atingirem o solo. A Astrobotic continua a trabalhar diretamente com a Nasa e outras autoridades governamentais competentes para mantê-las informadas e solicitar feedback quando apropriado", diz a companhia em nota.

A manobra dá fim aos 10 dias da jornada inuagural do módulo, marcada por uma falha fatal: um vazamento de combustível que tornou impossível realizar o pouso na Lua. Os propulsores também foram danificados, exigindo que o time realize um controle delicado para seu retorno à Terra.

O Peregrine foi lançado pelo foguete Vulcan Centaur da United Launch Alliance (ULA), que decolou da Estação da Força Espacial dos EUA, em Cabo Canaveral, no último dia 8. Caso fosse bem-sucedido, chegaria à Lua no dia 23 de fevereiro.

Cápsulas disponibilizadas pela empresa espacial Elysium para que amigos e familiares levem cinzas de seus falecidos para o espaço — Foto: Reprodução / Elysium Space
Cápsulas disponibilizadas pela empresa espacial Elysium para que amigos e familiares levem cinzas de seus falecidos para o espaço — Foto: Reprodução / Elysium Space

O que está a bordo do módulo?

A Nasa pagou US$ 108 milhões para que a espaçonave carregasse equipamentos (incluindo um sistema de pouso) para cinco experimentos realizados durante seu voo. Além disso, as empresas Celestis e Elysium Space, que vendem o conceito de 'enterros' espaciais, alocaram espaço para cinzas humanas e DNA humano, somando material biológico de ao menos 70 indivíduos.

Além disso, outro cliente da viagem é uma empresa de bebidas energéticos, que enviou uma solução em pó feita para que futuros astronautas possam misturá-la com água encontrada na Lua, segundo o jornal Sky News. Esses parceiros comerciais ajudaram a levantar fundos para viabilizar a jornada, mas também geraram desconforto: o cientista indígena Alvin Harvey, do povo Navajo, criticou o envio de restos mortais à Lua em carta publicada na revista Nature na terça-feira (16).

"A Lua é um espaço cultural compartilhado da humanidade", diz Alvin. "Para nós, a Lua é um antigo parente (...) e deveríamos ser cuidadosos, diligentes e respeitosos ao visitá-la."

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