É costume do brasileiro e de pessoas de outras nacionalidades ter um peru ou um frango assado na ceia de Natal em 25 de dezembro. Com a aproximação da data comemorativa, o Observatório Europeu do Sul (ESO) divulgou nesta quinta-feira (21) a imagem de um "frango festivo" cósmico: a chamada Nebulosa da Galinha Correndo.
Esta nebulosa é um berçário estelar, lar de estrelas jovens em formação, localizado na constelação de Centauro, a cerca de 6,5 mil anos-luz da Terra. A foto de 1,5 bilhão de pixels foi feita com o Telescópio de Pesquisa VLT (VST, VLT Survey Telescope), que fica no sítio Paranal do ESO, no Chile.
A imagem é um grande mosaico composto por centenas de quadros cuidadosamente costurados. As imagens individuais foram tiradas por filtros que permitem a passagem de luz de diferentes cores. As observações foram conduzidas com a câmera de campo amplo OmegaCAM no VST, que é ideal para mapear o céu do Sul em luz visível.
A Nebulosa da Galinha Correndo compreende várias regiões, as quais podemos ver nesta imagem vasta que abrange uma área no céu de cerca de 25 Luas cheias. De ponta a ponta, a foto tem 270 anos-luz de largura. Como compara o próprio ESO, uma galinha média levaria quase 21 bilhões de anos para atravessar a área da foto — mais tempo do que a própria idade do Universo.
No ponto em que alguns observadores veem uma "cabeça" de galinha ou então a parte traseira do animal, está a região mais brilhante dentro da nebulosa, chamada IC 2948. Os contornos em tons pastéis são plumas de gás e poeira.
Já na direção do centro da imagem, marcada por uma estrutura brilhante, vertical e quase em forma de pilar, está a região IC 2944. O brilho mais intenso nesta área em particular é Lambda Centauri, uma estrela visível a olho nu que está muito mais próxima de nós do que a nebulosa em si. Há também muitas estrelas jovens dentro de ambas as regiões IC 2948 e IC 2944.
Algumas estrelas jovens da nebulosa emitem uma radiação intensa que faz o hidrogênio gasoso circundante brilhar em tons de rosa, formando as nuvens que lembram o contorno de uma galinha.
Certas regiões da nebulosa, conhecidas como glóbulos de Bok, podem resistir ao intenso bombardeio da radiação ultravioleta. Se você ampliar a imagem, poderá vê-los: são pequenos, escuros e densos bolsões de poeira e gás espalhados pela Nebulosa da Galinha Correndo.
Na parte superior direita da imagem estão as nuvens Gum 39 e 40, e na parte inferior direita, Gum 41. Há também inúmeras estrelas laranjas, brancas e azuis, como fogos de artifício no céu.
Os dados usados para criar o mosaico foram coletados como parte da Pesquisa Fotométrica Hα do Plano Galáctico e do Bojo do VST (VPHAS+, VST Photometric Hα Survey of the Southern Galactic Plane and Bulge), um projeto desenvolvido para ampliar o conhecimento sobre o ciclo de vida das estrelas.
Imagem de 1,5 bilhão de pixels detalha Nebulosa da Galinha Correndo; veja - Revista Galileu
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