A Apple está desenvolvendo um sistema de assinatura para o uso de iPhone e iPad, no qual ela deve cobrar uma taxa mensal por uma espécie de aluguel dos seus aparelhos, segundo informou o site Bloomberg.
A ideia é que, em vez de comprar um aparelho físico, o consumidor se torne um assinante dos produtos da Apple. É possível, portanto, que, assim que saia um novo smartphone da marca, o consumidor apenas faça uma troca de aparelho pelo mais novo. Ou seja, a pessoa não seria dona de um único iPhone específico.
Como os demais planos de assinatura da Apple, ele estaria ligado a uma conta Apple ID, o que permitiria que o assinante acessasse arquivos como fotos e vídeos em qualquer aparelho. Segundo a Bloomberg, o lançamento desse serviço está programado para o próximo ano.
Mudança no modelo de negócios
A nova estratégia, embora ainda não tenha sido confirmada pela Apple, está de acordo com as mudanças que a empresa vem promovendo nos seus negócios nos últimos anos com a promoção de assinaturas em serviços variados.
Só para recordar, a empresa já lançou planos de música (Apple Music), streaming de vídeo (Apple TV+), notícias (Apple News+), exercícios físicos (Apple Fitness+) e games (Apple Arcade). Parece ser uma tendência na empresa americana tentar trazer novas fontes de receita.
Note que todos esses serviços são ligados a software, não a hardware —ou seja, não há troca de aparelhos físicos.
Contudo, em 2019, a Apple lançou um modelo de assinatura mensal para sua garantia estendida, a AppleCare, algo que já foi uma mudança inicial na maneira com que a empresa lida com hardware.
Além disso, também já existe, desde 2015 nos Estados Unidos, o chamado "iPhone Upgrade Program", em que o dono do smartphone da marca pode acrescentar ao preço do aparelho o custo da AppleCare, e dividir o pagamento em 24 meses.
Depois de metade desse tempo, ele pode entregar o iPhone mais antigo e trocar por um novo, e a garantia continua valendo. Ou seja, já é um tipo de assinatura do serviço de iPhone.
Como seria o plano de assinatura de aparelhos?
A diferença nesse novo plano seria unir os pagamentos em um só: em vez de pagar pelos planos de assinatura dos serviços Apple de um lado e pagar pelo custo de um iPhone do outro, o consumidor agora poderia unir tudo num único plano.
Além disso, executivos da empresa norte-americana (incluindo o próprio chefe executivo, Tim Cook) já falaram publicamente a investidores que pretendem expandir os serviços de assinatura. De acordo com a CNBC, só em 2021, a Apple faturou US$ 68,4 bilhões (R$ 327 bilhões) com eles, um aumento de 27% com relação a 2020.
Apesar da novidade, no Brasil já existem serviços semelhantes ao que a Apple pode criar. O banco Itaú, por exemplo, tem o iPhone Para Sempre que, a partir de um pagamento mensal, permite o uso e upgrade para um novo telefone após o lançamento de uma nova edição do celular.
Apple pode oferecer plano de assinatura para 'aluguel' de iPhones e iPads - Tilt
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