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Sunday, October 31, 2021

Associar novo nome aos escândalos do Facebook é ridículo, diz Zuckerberg - Tilt

Desde quinta-feira (28), o grupo Facebook, responsável também pelo WhatsApp e Instagram, tem um novo nome: Meta. Para explicar a mudança e os planos para a empresa — que envolvem a criação o metaverso, um mundo virtual —, o fundador da rede social Mark Zuckerberg concedeu uma rara entrevista ao site norte-americano especializado em tecnologia The Verge.

Segundo ele, a rede social Facebook continua existindo com o mesmo nome. Com a novidade, Zuckerberg ganhou mais um cargo: presidente da Meta.

Tilt reuniu abaixo 7 pontos principais sobre a conversa:

1. Mark Zuckerberg não vai largar a empresa

A mudança de nome do Facebook para Meta foi muito comparada com a que o Google aplicou em 2015, quando criou uma nova corporação, a Alphabet, para administrar todos os negócios da companhia. Poucos anos depois do anúncio, Larry Page e Sergey Brin abriram mão da Alphabet e entregaram a empresa para um novo presidente-executivo.

Zuckerberg não tem a mesma intenção. "Não sei até quando quero continuar fazendo isso", afirmou. "Posso dizer que estou muito animado para os próximos capítulos do que estamos construindo. Não vejo como parte do plano ir nessa direção [de deixar a empresa]."

2. Novo nome não tem a ver com os escândalos recentes

Alguns podem acreditar que o nome Meta surgiu apenas para abafar o fato de que o Facebook se tornou nas últimas semanas alvo de denúncias de como lida com situações complexas de comportamento de seus usuários e acusações de que só liga para dinheiro, mas, segundo Zuckerberg, não tem relação. "Começamos isso tudo bem antes do ciclo atual [de más notícias]", disse.

"Mesmo que eu ache que algumas pessoas possam querer fazer essa conexão, acho que é uma coisa meio ridícula. No mínimo, acho que este não é o ambiente no qual você gostaria de apresentar uma nova marca", afirmou.

3. Mudar de nome era um plano antigo

Zuckerberg desejava mudar o nome de sua empresa já faz bastante tempo. Inicialmente, quando o Facebook adquiriu o Instagram, em 2012, mas o nome foi mantido. A mesma coisa aconteceu anos depois, quando a empresa comprou o WhatsApp, em 2014.

Zuckerberg afirmou que discutiu a alteração com outros funcionários de alto escalão antes de bater o martelo.

"Eu iniciei formalmente o projeto no início deste ano. Foi há pouco mais de seis meses. Mas esse é um debate que estamos tendo há muito tempo dentro da empresa, sobre se devemos fazer isso."

4. Não fazia sentido continuar sendo Facebook

Na cabeça do fundador do Facebook, o nome da marca não fazia mais sentido depois de ter assumido controle de outras plataformas.

"Sempre pareceu estranho para mim ter uma marca que deveria representar apenas uma rede social e colocá-la em outro lugar. Não tinha certeza sobre a vantagem disso", explicou.

O objetivo da Meta (ex-Facebook) é delimitar um foco para a empresa para o metaverso e o desenvolvimento de realidade virtual.

5. A Meta é uma empresa de tecnologia

Zuckerberg deixou claro que a Meta não é uma companhia que produz redes sociais, mas sim tecnologia. "As pessoas acham que somos uma empresa de mídia social, mas a maneira como nos vemos é que somos uma empresa de tecnologia, que desenvolve tecnologia para ajudar as pessoas a se conectarem umas com as outras", afirmou.

"Todo o mundo está tentando trabalhar na forma como as pessoas interagem com a tecnologia, enquanto nós construímos tecnologias para que as pessoas possam interagir umas com as outras", acrescentou.

6. As redes sociais não morreram

Apesar de todo o discurso sobre tecnologia, Zuckerberg também destacou que a nova marca vai focar em ser "a melhor em construção de aplicativos de redes sociais".

7. Zuckerberg está otimista

Apesar das piadas e da desconfiança sobre o Facebook levantada nos últimos anos, Zuckerberg está confiante com os planos de criar o que a companhia chama de "o futuro da internet".

"O sentimento é muito positivo internamente, acho que mais e mais pessoas estão muito animadas com isso tudo", afirmou. Só neste ano, o investimento previsto no metaverso gira em torno de US$ 10 bilhões.

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